FORD: Deputados querem desapropriação da empresa como forma de minimizar impacto

Rede de Rádios

FORD: Deputados querem desapropriação da empresa como forma de minimizar impacto



Mais um capítulo no desenrolar da história da Ford: diante do encerramento das atividades fabris na planta de Camaçari, dois deputados baianos querem que a fábrica seja desapropriada e devolvida ao patrimônio do Estado, como uma das ações de resposta ao impacto financeiro gerado pela decisão da montadora.

Olívia Santana (PC do B) e Júnior Muniz (PP) protocolaram indicações ao governador Rui Costa (PT), reivindicando que seja determinada uma intervenção política e administrativa na Ford, com consequente desapropriação e devolução do empreendimento ao patrimônio do Estado. A atitude, até o momento, foi a mais incisiva no tange a defesa dos interesses econômicos da Bahia, bem como dos funcionários da empresa.

Após participar de uma reunião com a Frente Parlamentar em Defesa do Emprego, realizada na quarta-feira (13), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), a deputada Olívia Santana afirmou que é fundamental “disponibilizar o local para atração de novos investidores e montadoras e gerar emprego para os trabalhadores e as trabalhadoras desamparadas”.

Júnior Muniz relembrou que o Governo do Estado forneceu um conjunto de incentivos fiscais, financeiros e de infraestrutura para a instalação do Complexo Ford, amparado no Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia (Proauto).

“Precisamos buscar soluções para o Complexo Industrial deixado pela Ford, a fim de retornarmos para a Bahia parte dos incentivos, entre eles a devolução dos bens imóveis concedidos, garantindo o equilíbrio da situação econômica e financeira, bem como a escassez do emprego”, defendeu o progressista.

A Frente Parlamentar, segundo Olívia, foi “criada para pensar soluções e estratégias em relação ao fechamento da empresa e diminuir os impactos". O colegiado reúne deputados estaduais, representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e empregados da Ford.

De acordo com dados fornecidos à ALBA pelo Sindicato dos Metalúrgicos, o encerramento das atividades da Ford resultará na perda de 12 mil empregos diretos e mais de 50 mil indiretamente. A estimativa é que  cerca de R$ 500 milhões por mês deixem de ser injetados na economia baiana.


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem