Pazuello nega ordem de Bolsonaro contra compra da Coronavac: 'Só um jargão militar'

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Pazuello nega ordem de Bolsonaro contra compra da Coronavac: 'Só um jargão militar'

 


Em meio às questões levantadas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, foi incitado a falar sobre a resistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à compra da Coronavac. O chefe do Executivo nacional disse com todas as letras que essa vacina não seria comprada (veja aqui) e, na sequência, visitou o então ministro e os dois gravaram um vídeo em resposta. "Um manda e o outro obedece", disse Pazuello na época (veja aqui e aqui).



 


Já nesta quarta-feira (19), o general repetiu diversas vezes que não houve ordem de Bolsonaro neste sentido. "Aquilo é só um jargão militar", minimizou, mesmo que o presidente tenha encerrado a carreira no Exército como capitão, ou seja, em posição inferior a Pazuello, que ainda está na ativa.


 


Segundo o ex-ministro, aquele episódio foi uma reação política de Bolsonaro às declarações feitas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anteriormente. "Aquilo causou uma reação. O presidente foi me visitar, aquilo é só um jargão militar, uma posição de internet, mais nada. Um jargão simplório colocado pra discussões de internet", acrescentou. Ele frisa que o presidente agiu como "agente político".


 


Aliados na última eleição, Bolsonaro e Doria hoje são rivais políticos. Com isso, o primeiro fez uma série de ataques à "vacina chinesa", chegando a comemorar o episódio em que os testes foram suspensos.


 


CPI DA PANDEMIA


Eduardo Pazuello é a oitava pessoa a depor na CPI da Pandemia. Antes dele, os senadores colheram depoimentos dos ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, do atual ministro Marcelo Queiroga, do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, do ex-secretário especial de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten, e do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

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